Vivências na mata de Retiro- Marcação das árvores para futura construção da casa de estuque que será o Museu Quilombola


Dia de sol, fresco, perfeito para uma excursão na mata de Retiro!

A turma animada de 20 pessoas soube aproveitar bem a oportunidade para aprender com os guardiões do conhecimento: o Sr. Mário com a ajuda da Tia Filinha (anciãos de Retiro), os primeiros passos para fazer uma casa de estuque: a escolha das árvoresna mata!

Quem ouviu suas explicações entendeu o porquê do camará-uçu (ou camaruçu) poder ser usado para fazer acumeeira da casa, mas não pode ser usada para fazer os esteios, ao invés de outra espécie aparentemente igual, mas que não faria a casa tão resistente. A parte que todo mundo pôde aprender na prática foi na hora da demonstração da abertura da palha para fazer um telhado. Os adultos, como Marina e Erivelton também ajudaram a mostrar para a criançada como é interessante aprender o saber tradicional. Que em outros tempos se faziam mutirões com homens e mulheres para ver quem abria mais palha quando na construção de uma casa.
Ao final de duas horas e meia de caminhada, que a Tia Filinha com seus 82 anos deixou os mais novos de boca aberta pela sua resistência, chegamos à cachoeira nos limites da comunidade, que atravessamos de mãos dadas mostrando que a união faz a força. Aguardem próximos capítulos dessa missão de fazermos uma casa de estuque para tornar-se futuro museu quilombola de Retiro!!! Por Ananda B. Coutinho – Coordenadora Pedagógica